Com o final do semestre a aproximar-se, é natural fazermos um balanço das nossas vidas. Mas já pensou em aplicar essa mesma lógica à sua vida profissional? Este não é apenas um período para fechar projetos, é também o momento ideal para uma reflexão verdadeira sobre nós próprios e a nossa carreira.
O nosso desempenho está à altura das exigências?
Questionemo-nos: estamos a fazer o nosso trabalho da melhor forma possível? O final do semestre é o espelho onde podemos ver se a nossa dedicação diária tem sido consistente, se a qualidade do que entregamos está no ponto desejado e se estamos a ir além do que nos é pedido. Pense nos seus resultados, nos desafios que superou e na forma como as suas ações estão a impactar a sua equipa ou a empresa.
Além disso, é crucial pensar no valor que estamos a acrescentar, ao que fazemos. Não se trata apenas de cumprir tarefas, mas de sermos um agente de mudança, de inovação, de melhoria. Estamos a contribuir com novas ideias? A otimizar processos? A ajudar a empresa ou o nosso negócio a crescer (se for o caso), mesmo que seja de forma indireta? Este é um dos momentos para quantificarmos o nosso impacto, mesmo que seja internamente, com as nossas chefias, se for o caso.
A remuneração reflete o nosso valor?
Em consequência desta análise, surge a pergunta inevitável, que cada um de nós deve fazer: estamos satisfeitos com a nossa remuneração e com as restantes condições de trabalho? Se sentirmos que o nosso esforço, dedicação e o valor que acrescentamos não estão a ser devidamente reconhecidos financeiramente ou em termos de benefícios e desenvolvimento de carreira, é hora de agirmos. Uma boa remuneração não é apenas um salário; é o reconhecimento do nosso empenho, da nossa competência e do impacto positivo que gera.
Como melhorar? Três hipóteses para o nosso futuro profissional
Se a nossa resposta à questão da satisfação não foi um “sim” sem qualquer dúvida, ou se simplesmente ambicionamos mais (o que é legítimo), saiba que a decisão começa por si. Existem sempre caminhos para melhorar, e aqui apresentamos três que pode começar a explorar já:
- Investir na Qualificação: A forma mais direta de aumentarmos o nosso valor no mercado é através da formação contínua. Quer seja na nossa área atual ou numa nova que nos apaixone, adquirir novas competências e conhecimentos torna-nos mais competitivos e desejados. Cursos, por exemplo, de contabilidade, ação educativa ou massagem como complemento à nossa actividade principal, podem abrir-nos portas para novas oportunidades e salários atrativos, mostrando a nossa preparação para desafios maiores e para o futuro.
- Outro aspecto, é desenvolvermos as nossas competências transversais: Muitas vezes, o que nos diferencia não são apenas as competências técnicas, mas também as competências transversais. Liderança, comunicação eficaz, resolução de problemas, pensamento crítico e capacidade de adaptação são cada vez mais valorizadas pelas empresas e por quem quer criar um negócio próprio. Devemos apostar em cursos ou experiências que nos ajudem a aprimorar estes aspectos, pois impactam diretamente o nosso desempenho e a nossa capacidade de progredir na carreira.
- Planear a carreira: Não devemos esperar que as oportunidades nos batam à porta; temos que ir ao encontro delas. Pensemos num plano de carreira, claro: onde quero estar daqui a 1, 3 ou 5 anos? Que passos preciso de dar para lá chegar? Isto pode envolver identificarmos novas funções, setores ou até mesmo considerar o empreendedorismo. Um plano bem definido, aliado à formação certa, é o nosso caminho para uma remuneração e condições de trabalho mais satisfatórias.
O final do semestre – e ele aproxima-se – é sempre uma boa deixa para iniciar esta reflexão e traçar um novo rumo. O nosso futuro profissional e financeiro depende das escolhas que fazemos hoje. Não esqueçamos: o contador do tempo, está sempre em andamento.