O setor têxtil e de vestuário em Portugal continua a crescer e precisa de profissionais qualificados — e é aí que entram os(as) modelistas, cortadores(as) e costureiros(as). Quem estuda modelagem pode seguir vários caminhos: trabalhar numa confecção, fazer arranjos de roupas personalizados, criar moldes para produção em série, atuar em ateliês, desenvolver a sua própria marca ou até oferecer serviços como modelista freelancer. Há espaço para todos os estilos — desde o mais técnico até ao mais criativo!

Para se destacar, é fundamental aprender bem a modelagem plana, a leitura de medidas e interpretação dos moldes, e o uso de máquinas (domésticas e industriais) e ferramentas específicas. Também é essencial saber interpretar fichas técnicas, compreender os processos industriais e ter um olhar apurado para o encaixe e corte eficiente, sempre considerando a qualidade e o desperdício mínimo.

O uso de softwares de modelagem digital está em crescimento, porque a tecnologia está cada vez mais presente nas confecções. Para criar moldes no computador com muito mais rapidez e precisão existem diversos programas que ajudam a visualizar as peças em 3D, simular encaixes e reduzir o desperdício de tecido — algo essencial para a sustentabilidade, quer estejamos a falar de uma fábrica ou de um pequeno atelier.

As tendências apontam para um futuro mais consciente, com foco em na reconversão e reutilização, onde se destacam as produções pequenas. O “feito em Portugal” assim como o “feito á mão” estão a ser muito valorizados, e quem trabalha bem, com qualidade, tem grandes hipóteses de crescer na área.

Aprender modelagem é como aprender uma nova linguagem. No início, parece tudo meio complicado: linhas, medidas, curvas, moldes, encaixes… Mas, com o tempo e MUITO treino, tudo começa a fazer sentido.

A verdade é que ser bom(a) em modelagem exige prática constante. Não basta entender a teoria — é preciso colocar a mão no papel, cortar, testar, corrigir e fazer de novo. Errar faz parte do processo. É no erro que se aprende a ajustar o molde, a prever o caimento e a garantir o encaixe perfeito. Por isso, quem escolhe essa área precisa ter uma boa dose de paciência, atenção aos detalhes e vontade de melhorar sempre. Cada corpo é diferente. Cada peça tem seu desafio. E é esse desafio que faz a profissão tão rica e valorizada.

Mais do que costurar, estudar esta área é ganhar uma profissão com presente e futuro, que junta criatividade, técnica e liberdade para construirmos o nosso próprio caminho.

Se gosta de roupa, design, criatividade e até mesmo de organização e precisão, esta área pode ser perfeita para si!

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Dyeli Fernandes – Formadora