Muitos de nós já fomos a várias entrevistas ao longo da nossa vida profissional. E, também, já nos perguntámos porque razão há pessoas que são admitidas e outras que são rejeitadas. Isto é: o que terá feito o(a) candidato(a) admitido(a), se nós, tendo um excelente curriculum, fomos rejeitados?

Numa entrevista, há quem diga que somos avaliados em segundos e não em minutos. Provavelmente, há razões para quem pense assim. A primeira impressão (postura, linguagem usada, a energia de transmitimos), são uma grande parte da decisão do recrutador. Dão indicadores da nossa forma de estar.

Importa, deste modo,  conhecer e estarmos atentos aos motivos mais comuns de rejeição de um candidato numa entrevista:

a) Uma linguagem corporal fechada

Isto é: ombros descaídos ou olhar para o chão, estar pouco à vontade na conversa, transmite falta de confiança e isso é percebido por quem temos à nossa frente

b) Foco no salário

Fazermos muitas perguntas à volta do salário, das férias e, de forma geral, das regalias associadas e mostrarmos menos interesse na função a que nos estamos a candidatar, é, de igual forma, um motivo que deixa o entrevistador “alerta”, de forma negativa.

c) Desconhecermos a empresa

Dizermos que só nos candidatámos porque estamos a “precisar/procurar  emprego”, não é propriamente, a resposta que o nosso entrevistador está à espera.

A expetativa do entrevistador, é que saibamos algo da empresa (ou outra organização) a que nos candidatamos; que produtos/serviços,  em que mercados está a empresa/organização, o facto de ser conhecida como uma empresa que aposta na tecnologia e, por aí fora.

Recomendamos sempre, que consulte o site da sua potencial entidade empregadora, como forma de saber um pouco da empresa, fazendo também alguma procura na imprensa para saber o tipo de notícias publicadas.

d) A forma como nos referimos a experiências profissionais anteriores

Dizermos mal do coordenador ou dos colegas de trabalho de locais onde trabalhámos, também não é o mais recomendável. Indicia alguém, que está mais enredado no “diz que disse”, denotando alguma falta de maturidade para gerir adversidades.

Agora que verificámos algumas das situações mais comuns, porque uma entrevista nos pode correr mal, importa saber o que nos diferencia para uma boa entrevista. Vejamos:

a) Postura

Desde logo, a forma de estar, o cuidado da apresentação – que deve ser discreta -, o olhar o(a) nosso(a) interlocutor(a) “olhos nos olhos”, com um sorriso confiante, estando “à  vontade”, sem ser desleixado, invasivo ou incorrecto.

b) O tipo de perguntas

Se qualquer um de nós perguntar numa entrevista, algo como: “Que desafio é que a empresa/equipa/sector, enfrenta e como é que eu com as minhas qualificações e experiência, posso ajudar a resolver? Seguramente que, com uma questão deste género, evidenciamos confiança e iniciativa para nos envolvermos na resolução de um problema e para termos uma conversa entusiasmante.

c) A prova do que sabemos ou dissemos

Outro aspecto essencial da entrevista, é provarmos, com exemplos, algumas situações que evidenciam as nossas características, sem sermos “gabarolas”.

A um entrevistador, interessa muito perceber “o como fizemos”, porque isso revela o nosso foco, como combinámos meios, como vencemos adversidades com serenidade e que resultados finais obtivemos. Um exemplo: “Organizei um evento para o meu clube desportivo, conseguindo gerir uma equipa de 10 pessoas, com um orçamento curto”, entre muitos outros.

Tudo isto, para dizermos que se o nosso curriculum nos “coloca” na entrevista, a forma como comunicamos o que fizemos e o que somos, pode “dar-nos o lugar” que pretendemos.